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domingo, 1 de maio de 2011

Trabalhor de Franca estuda pouco e tem salário baixo


Os trabalhadores de Franca estão entre os que menos escolarizados do Estado de São Paulo. Apenas 11,49% das pessoas formalmente empregadas na cidade possuem o ensino superior completo. O índice fica bem abaixo da média estadual, que é de 17%. No Estado, Franca é superada por Carapicuíba, Diadema, Mauá e Itaquaquecetuba.

Os dados são do Ministério do Trabalho, divulgados nos relatórios da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), um questionário com perguntas sobre o perfil dos trabalhadores que as empresas são obrigadas a responder todos os anos. No levantamento envolvendo as 21 cidades com mais de 300 mil habitantes, Franca é a quinta no ranking das cidades com menor índice de trabalhadores com nível superior.

A cidade também tem um dos contingentes de mão de obra mais jovens do Estado (a quarta no ranking). Do total de empregados registrados em Franca, 41,75% têm menos de 30 anos. A liderança do ranking é de Jundiaí, seguida por Sorocaba e Mogi das Cruzes.

Para a administradora e economista Rosalinda Chedian Pimentel, a combinação destes dois fatores está diretamente ligada aos baixos salários pagos na cidade. “Em economia, temos um binômio que comprova a ligação de escolaridade e renda. A experiência entra como um outro fator que pode compensar a falta de instrução. Aqui, em Franca, não vemos isso. A mão de obra é jovem e não tem vivência nem conhecimento. O resultado é uma das médias salariais mais baixas do Estado, R$ 1.067, enquanto no Brasil a média é de R$ 1.340.”

O economista Vicente Golfeto concorda com a avaliação da colega. “Franca é uma das poucas cidades do Brasil que têm resistido ao avanço tecnológico. Sua indústria ainda utiliza um grande contingente de trabalhadores sem especialização, num trabalho mais braçal que mental. Conseguir um bom salário sem acumular conhecimento é muito difícil.”
A acomodação do trabalhador mais jovem com seu padrão de vida é um dos fatores citados pelos especialistas para explicar a falta de interesse em se qualificar.

“Mesmo com um salário individual baixo, quando pensamos em termos de renda familiar, é possível conseguir um padrão razoável de vida. Em Franca, é comum que a mulher e os filhos trabalhem. Então, os jovens pensam: ‘Por que vou deixar de bancar minhas baladas para investir em um curso superior, se o padrão de vida que tenho me satisfaz?’. Eles estão acomodados”, disse Rosalinda Pimentel.

Os efeitos da baixa escolaridades preocupam. “Se a médio e longo prazo esse perfil do trabalhador não mudar, haverá uma atrofia geral, veremos a economia de Franca desaparecer”, alerta a economista.

ALTERNATIVAS
Para Golfeto, a única alternativa para vencer os baixos salários e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores da cidade é investir em qualificação. “A melhor forma de melhorar a renda é melhorando seu conhecimento. Não só o acadêmico, mas também o prático. Para isso, o único caminho é a educação.”

Rosalinda Pimentel defende ainda a diversificação da economia da cidade. “Franca tem um grande potencial. Pode se tornar um polo de excelência de saúde, com a Santa Casa e a faculdade de medicina que deve ser instalada na Unifran. Outra alternativa é a exploração dos serviços de logística. Franca é um ponto importante de integração entre Goiás, Minas e São Paulo. A diversificação poderia abrir novos postos de trabalho com novas exigências.”

Fonte: CGN (Comércio da Franca)
http://www.gcn.net.br/home/

2 comentários:

  1. É muito ruim ler isso, afinal de contas nem todos são assim e a maioria dos Francanos gostariam que a situação fosse melhor...
    Um dia as coisas melhoram?

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  2. Sim Larissa eu tambem gostaria que fosse melhor mas o que estavamos fazendo para mudar? Até quando vamos aceitar uma administração que não se importa com a educação da nossas crianças e só pensa em criar mão de obra barata?

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