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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Setor de calçados corta 19% das vagas em SP

Autor(es): Rodrigo Pedroso | De São Paulo
Valor Econômico - 13/01/2012
O emprego na indústria de São Paulo caiu 0,01% em 2011, resultado considerado estável de acordo com levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Três setores, no entanto, ajudaram a impedir que o ano terminasse com mais contratações do que demissões.

As fábricas de couros e calçados demitiram 18,9% de seu quadro de funcionários, seguidas pelas de produtos têxteis (5,6%) e confecção de vestuário (5,2%). Dos 22 setores pesquisados, apenas outros dois apresentam queda, menos significativa, no nível de emprego: fabricação de produtos derivados de petróleo e biocombustível (3,6%) e produtos de borracha e plástico (0,6%). Como resultado, a região de Franca, tradicional polo calçadista, registrou queda de 12,1% no nível de emprego industrial. Americana, forte na indústria têxtil, teve recuo de 2,4%.

A queda de 0,01% significou a perda de 500 postos de trabalho no Estado em 2011. Em dezembro, sem ajuste sazonal, o recuo foi de 1,36% e representou 35.500 empregos a menos. De acordo com Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da entidade, 2011 não foi um bom ano para a indústria, que perdeu espaço para os produtos importados. "O crescimento foi nulo. Voltamos a ter um comportamento de crise, ou seja, zero de aumento de emprego", afirmou.

Para 2012, no entanto, a previsão da Fiesp é que a indústria termine o ano entre 0,5% e 1% de funcionários a mais. Segundo Francini, as medidas que o governo está tomando, como a de diminuir a carga tributária de alguns segmentos da indústria, aliado ao aumento do salário mínimo e da desvalorização do câmbio, que saiu de um patamar de R$ 1,65 para R$ 1,80, vai trazer mais competitividade ao setor.

Apesar disso, o cenário externo deve manter o crescimento do emprego em um nível modesto. "Sabemos que o ano vai ser ruim para a economia internacional, podendo até piorar dependendo dos desdobramentos da crise na zona do euro. Em um cenário sem acidentes, vamos sair de um ano melancólico, como em 2011, para um ano medíocre para o emprego", afirmou.

A Fiesp projeta cerca de 3% de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, meio ponto a menos do que o esperado pelo Banco Central.

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