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segunda-feira, 19 de março de 2012

Nota da Saúde em Franca é pior que a média do Brasil

Priscilla Sales


Foto: Dirceu Garcia
RECLAMAÇÃO - O motorista aposentado José Queiroz, 77, mostra cartão de retorno para maio na UBS da Vila S. Sebastião

O acesso e a qualidade dos serviços públicos de Saúde em Franca receberam nota 5,24 do Ministério da Saúde, índice pior que as médias do Estado de São Paulo (5,77) e do Brasil (5,46). O dado faz parte do IDSUS 2012 (Índice de Desempenho do SUS), que avalia 24 indicadores para fazer um diagnóstico do atendimento oferecido aos pacientes e saber se os serviços conseguem resolver os problemas de saúde da população.

Lançado nesta semana, o IDSUS analisou dados de 2008 e 2010 em diferentes níveis, que vão desde a atenção básica, que abrange o atendimento prestado nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e programas municipais de prevenção como dos de saúde bucal, até os serviços de alta complexidade, normalmente aplicados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), como cirurgias mais complexas.

Para compor a nota do IDSUS, os indicadores foram divididos em dois grupos: o de acesso, formado por 14 itens que mostram se a população consegue ser atendida e recebe programas de prevenção às doenças, e o de efetividade, que conta com 10 itens para averiguar se o serviço foi prestado adequadamente. A nota varia de zero a dez.

Como o índice foi divulgado pelo Ministério da Saúde no final da tarde de quinta-feira, o secretário municipal de Saúde, Alexandre Ferreira, disse que ainda não foi possível avaliar a fundo o desempenho de Franca, mas considerou que a nota do município não foi ruim, mesmo ficando abaixo das médias estadual e nacional. “Pelo que pude perceber, estamos melhores que muitos municípios que possuem mais recursos e menos pessoas que dependem da rede pública. Claro que ainda temos muito que melhorar, mas não considero a nota ruim” (veja quadro nesta página).

Para ele, entre os pontos que merecem atenção no município estão a realização de cirurgias, o atendimento psiquiátrico e a contratação de novos médicos. “Temos encontrado muitas dificuldades nestas áreas.” Alexandre também citou o baixo orçamento do município como um fator que pesa na hora dos investimentos em melhorias de Saúde. “Fazemos o que é possível com o orçamento que temos. Infelizmente a arrecadação de Franca ainda está longe do ideal. Isso deveria ser levado em conta.”

O secretário elogiou a iniciativa do Ministério de criar um índice para avaliar os serviços do SUS. “Há muito tempo, os municípios vêm pedindo que sejam feitos estudos deste tipo. Aqui em Franca eu já uso 122 indicadores para saber onde ainda preciso melhorar o atendimento e direcionar meus recursos. Agora o governo federal poderá fazer o mesmo. É um enorme ganho para a população.”


Data: 03/03/2012

Fonte: Jornal Comércio da Franca

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