Áurea Moreti conta as suas Memórias da Resistência
Vanderley Caixe conta as suas Memórias da Resistência
Por fim, vale entrar no site do projeto www.memoriasdaresitencia.org.br
O acesso e a qualidade dos serviços públicos de Saúde em Franca receberam nota 5,24 do Ministério da Saúde, índice pior que as médias do Estado de São Paulo (5,77) e do Brasil (5,46). O dado faz parte do IDSUS 2012 (Índice de Desempenho do SUS), que avalia 24 indicadores para fazer um diagnóstico do atendimento oferecido aos pacientes e saber se os serviços conseguem resolver os problemas de saúde da população.
Lançado nesta semana, o IDSUS analisou dados de 2008 e 2010 em diferentes níveis, que vão desde a atenção básica, que abrange o atendimento prestado nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e programas municipais de prevenção como dos de saúde bucal, até os serviços de alta complexidade, normalmente aplicados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), como cirurgias mais complexas.
Para compor a nota do IDSUS, os indicadores foram divididos em dois grupos: o de acesso, formado por 14 itens que mostram se a população consegue ser atendida e recebe programas de prevenção às doenças, e o de efetividade, que conta com 10 itens para averiguar se o serviço foi prestado adequadamente. A nota varia de zero a dez.
Como o índice foi divulgado pelo Ministério da Saúde no final da tarde de quinta-feira, o secretário municipal de Saúde, Alexandre Ferreira, disse que ainda não foi possível avaliar a fundo o desempenho de Franca, mas considerou que a nota do município não foi ruim, mesmo ficando abaixo das médias estadual e nacional. “Pelo que pude perceber, estamos melhores que muitos municípios que possuem mais recursos e menos pessoas que dependem da rede pública. Claro que ainda temos muito que melhorar, mas não considero a nota ruim” (veja quadro nesta página).
Para ele, entre os pontos que merecem atenção no município estão a realização de cirurgias, o atendimento psiquiátrico e a contratação de novos médicos. “Temos encontrado muitas dificuldades nestas áreas.” Alexandre também citou o baixo orçamento do município como um fator que pesa na hora dos investimentos em melhorias de Saúde. “Fazemos o que é possível com o orçamento que temos. Infelizmente a arrecadação de Franca ainda está longe do ideal. Isso deveria ser levado em conta.”
O secretário elogiou a iniciativa do Ministério de criar um índice para avaliar os serviços do SUS. “Há muito tempo, os municípios vêm pedindo que sejam feitos estudos deste tipo. Aqui em Franca eu já uso 122 indicadores para saber onde ainda preciso melhorar o atendimento e direcionar meus recursos. Agora o governo federal poderá fazer o mesmo. É um enorme ganho para a população.”
Data: 03/03/2012
Fonte: Jornal Comércio da Franca
Para zerar as filas nas creches, Franca precisa construir 25 unidades, segundo o MEC (Ministério da Educação). Os dados que mostram o déficit de creches nos municípios são de 2011 e foram calculados com base em estatísticas do Censo 2010, como população de 0 a 5 anos e o déficit de atendimento baseado no número de matrículas. Franca possui, segundo o levantamento, 25.430 crianças nesta faixa etária. Na comparação com 16 cidades que têm entre 20 mil e 30 mil moradores até cinco anos, é a quinta cidade com maior déficit de creches.
Com o dobro da população francana, Ribeirão Preto possui 43.235 crianças de 0 a 5 anos e necessita construir menos unidades para atender a demanda reprimida. São 17 creches, de acordo com o MEC. Bauru, cidade que tem porte próximo ao de Franca, tem 25.199 crianças e precisa de 13. A secretária municipal de Educação de Bauru, Vera Casério, disse que em 2010 mais de 2.400 crianças estavam fora das creches e nos dois últimos anos a Prefeitura fez manobras para reduzir o déficit. “Em função da alta demanda e necessidade das mães terem um local para deixar os filhos enquanto trabalham, aceleramos os investimentos na área. Utilizamos recursos próprios para ampliar quase 30 unidades e construímos uma creche. Hoje o déficit é de 800 crianças”, disse Vera.
Para Carmem Peliciari, diretora da Divisão de Programas Educacionais da Secretaria de Educação de Franca, a cidade figura entre os municípios com maior demanda de unidades por causa do índice populacional que aumenta com a migração de famílias para trabalhar nas indústrias francanas e inserção da mulher no mercado de trabalho, que gera necessidade de mais vagas. Carmem ainda citou a qualidade dos serviços. “A população está satisfeita com os atendimentos, o que faz a procura por vagas crescer. Em Franca, é comum as mulheres trabalharem em fábricas ou como diaristas para contribuir com o orçamento familiar.”
A pespontadeira Vivian Cristina Caetano, 21, trabalha no horário comercial e não conseguiu vaga para o filho Joel, de 2 anos. Ela procurou quatro creches, mas em todas ficou na lista de espera. Uma delas é a Casa Maternal São Francisco de Assis, que atende 92 crianças e tem outras 120 aguardando uma vaga. “Deixo meu filho com uma vizinha, mas queria que estivesse em contato com outras crianças. Não tenho como pagar R$ 400 numa escolinha particular. Tem dia que choro de desespero. A cidade precisa ter mais creche”, disse a pespontadeira, que é moradora da Vila Rezende.
PASSADO
Toda criança tem o direito, garantido em lei, de ser atendida em creches. A partir da Constituição Federal de 1988, a educação infantil passou a ser responsabilidade dos governos municipais. Nova mudança ocorreu com a LDB (Lei de Diretrizes e Base da Educação), na década de 1990, quando as creches deixaram de ser vinculadas à assistência social para serem da educação. “Houve um atraso em alguns anos na construção de creches e agora existe uma política para se recuperar essa deficiência. As próximas gestões municipais têm de priorizar a instalação de creches”, disse o pedagogo Paulo de Tarso Oliveira, professor do Uni-Facef, ex-secretário municipal de Educação (1977 - 1982 e em 1989) e presidente do Conselho Municipal de Educação.
O professor Luiz Cruz atuou como secretário de Educação de Franca em 1997 e concorda que a deficiência de creches é crônica na cidade. Ele aponta a falta de investimento no passado como o principal problema. “O município achava que creche não era responsabilidade dele. Agora é preciso acelerar para tentar salvar a lavoura”, disse.
Data: 18/03/2012
Fonte: Jornal Comério da Franca
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
O Ministério Público Estadual vai pedir à Secretaria da Educação de Franca (400 km de SP) esclarecimentos sobre o uso da capela do colégio Champagnat, imóvel tombado pelo conselho municipal de patrimônio público.
O local tem funcionado como galpão de armazenamento de alimentos destinados à merenda escolar da cidade.
O promotor Paulo César Borges afirmou à Folha que vai questionar se foram adotadas medidas de preservação na capela.
Construído em 1915, o imóvel foi tombado em 1997 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) de Franca.
Segundo a secretária da Educação, Leila Haddad, a capela tem sido utilizada como galpão há cerca de um ano.
"O alimento que está lá dentro [da capela] também é sagrado", justificou. Segundo ela, o uso foi autorizado pelo Condephaat.
OPOSIÇÃO
O vereador Silas Cuba (PT) classificou o caso como "absurdo". "Se quem compõe o Condephaat deu essa autorização, certamente outras pessoas devem ser escolhidas [para o conselho]." Franca é administrada pelo prefeito Sidnei Rocha (PSDB).
De acordo com Fernanda Rosa, especialista em restauração com mestrado pela Universidade Politécnica de Valência, a possibilidade de danos ao patrimônio depende do método de estocagem e do volume de alimentos armazenados na capela.
Folha de São Paulo
07/02/2010
Autor(es): Por Rodrigo Pedroso | De São Paulo |
Valor Econômico - 20/01/2012 |
O governo do Estado de São Paulo pode diminuir o Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) do setor calçadista. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca (Sindifranca), José Carlos Brigagão do Couto, a equipe técnica da Secretaria da Fazenda paulista estuda a possibilidade de baixar o imposto para 7% para os produtores e para 12% para distribuidores e lojistas. Atualmente, o ICMS cobrado é de 12% e 18%, respectivamente. Brigagão afirmou que a cadeia produtiva de calçados paulista esperava que o anúncio da redução do ICMS sobre o setor fosse feito no começo da semana, durante a Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro (Couromoda). "Estamos estudando isso há alguns meses. O governador Geraldo Alckmin se mostrou favorável à redução. Esperávamos o anúncio na inauguração da feira, mas o governo está estudando do ponto de vista técnico." A diminuição da carga tributária do setor é uma reivindicação antiga dos empresários do setor, que dizem estar sofrendo com a concorrência dos importados e da competição com Estados que cobram um imposto menor. "Minas Gerais e Santa Catarina cobram 3% de ICMS e os chineses estão fazendo triangulação com o Paraguai para burlar as medidas antidumping adotadas pelo governo. Estamos ilhados", disse. Franca exportou 400 mil pares a menos em 2011 do que no ano anterior, chegando ao fim de dezembro com três milhões de pares vendidos, segundo o Sindifranca. Em setembro, último mês com o número de empregos disponibilizados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), havia 28.005 funcionários empregados no setor calçadista de Franca. No mesmo mês de 2010, o número era de 29.211. A expectativa de Brigagão é que o anúncio aconteça após reunião entre empresários do setor e Alckmin, prevista para ser realizada no fim do mês. Para o presidente do sindicato, São Paulo não vai perder em arrecadação com a diminuição do ICMS. "O setor calçadista emprega muita mão de obra. O Estado vai arrecadar mais na ponta, com mais gente recebendo salários e maior consumo." Procurado pelo Valor, a Secretaria da Fazenda paulista não se pronunciou até o fechamento da matéria. |
Autor(es): Rodrigo Pedroso | De São Paulo |
Valor Econômico - 13/01/2012 |
O emprego na indústria de São Paulo caiu 0,01% em 2011, resultado considerado estável de acordo com levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Três setores, no entanto, ajudaram a impedir que o ano terminasse com mais contratações do que demissões. As fábricas de couros e calçados demitiram 18,9% de seu quadro de funcionários, seguidas pelas de produtos têxteis (5,6%) e confecção de vestuário (5,2%). Dos 22 setores pesquisados, apenas outros dois apresentam queda, menos significativa, no nível de emprego: fabricação de produtos derivados de petróleo e biocombustível (3,6%) e produtos de borracha e plástico (0,6%). Como resultado, a região de Franca, tradicional polo calçadista, registrou queda de 12,1% no nível de emprego industrial. Americana, forte na indústria têxtil, teve recuo de 2,4%. A queda de 0,01% significou a perda de 500 postos de trabalho no Estado em 2011. Em dezembro, sem ajuste sazonal, o recuo foi de 1,36% e representou 35.500 empregos a menos. De acordo com Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da entidade, 2011 não foi um bom ano para a indústria, que perdeu espaço para os produtos importados. "O crescimento foi nulo. Voltamos a ter um comportamento de crise, ou seja, zero de aumento de emprego", afirmou. Para 2012, no entanto, a previsão da Fiesp é que a indústria termine o ano entre 0,5% e 1% de funcionários a mais. Segundo Francini, as medidas que o governo está tomando, como a de diminuir a carga tributária de alguns segmentos da indústria, aliado ao aumento do salário mínimo e da desvalorização do câmbio, que saiu de um patamar de R$ 1,65 para R$ 1,80, vai trazer mais competitividade ao setor. Apesar disso, o cenário externo deve manter o crescimento do emprego em um nível modesto. "Sabemos que o ano vai ser ruim para a economia internacional, podendo até piorar dependendo dos desdobramentos da crise na zona do euro. Em um cenário sem acidentes, vamos sair de um ano melancólico, como em 2011, para um ano medíocre para o emprego", afirmou. A Fiesp projeta cerca de 3% de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, meio ponto a menos do que o esperado pelo Banco Central. |